As estatísticas apresentadas pela entidade apontam que as lesões graves nos membros são a principal causa da necessidade de acesso aos serviços de reabilitação. Estima-se que entre 13.455 e 17.550 dos feridos em Gaza se enquadrem nesse grupo, muitos deles sofrendo múltiplas lesões.
Além disso, a OMS reportou entre 3.105 e 4.050 amputações de membros entre os feridos em Gaza, destacando também o aumento dos casos de lesões na medula espinhal, lesões cerebrais traumáticas e queimaduras graves. Essas condições contribuem para o número elevado de lesões graves e duradouras, afetando inclusive milhares de mulheres e crianças.
Atualmente, apenas 17 dos 36 hospitais em Gaza estão parcialmente funcionais, com os serviços de atenção primária à saúde interrompidos devido à falta de segurança, ataques e ordens de evacuação. O único centro de reconstrução e reabilitação de membros em Gaza, apoiado pela OMS, foi fechado por falta de materiais e profissionais especializados, que foram obrigados a deixar a região em busca de segurança.
A situação se agrava com a falta de estoques de produtos para assistência essencial, incluindo cadeiras de rodas e muletas, que estão esgotados e encontram dificuldades para serem reabastecidos devido à limitação no fluxo de ajuda para Gaza. A OMS lamenta que 39 fisioterapeutas tenham sido mortos até o dia 30 de maio, comprometendo ainda mais os serviços de reabilitação na região.
Diante desse cenário desolador, a organização ressalta a urgência de fornecer apoio e assistência aos feridos em Gaza, para garantir que recebam os cuidados e tratamentos necessários para sua recuperação e reintegração na sociedade. A comunidade internacional é instada a tomar medidas para aliviar o sofrimento dessas vítimas e oferecer esperança em meio à devastação causada pelos conflitos na região.